A cidade de Campinas preserva locais, muitos deles tombados por entidades ligadas ao Patrimônio Histórico, que permitem conhecer um pouco da bela história da nossa cidade.

Leia a seguir alguns deles e não deixe de visitá-los! Conhecer a história de Campinas é uma maneira de valorizar a nossa cidade e manter viva a sua importante trajetória histórica.

1. Catedral Metropolitana

 

A Catedral de Campinas foi inaugurada em 1883 e é um dos maiores edifícios do mundo construídos em taipa de pilão.

Sua fachada tem a assinatura do famoso arquiteto Ramos de Azevedo e seu interior tem belíssimas peças talhadas em madeira, obra dos escultores Vitoriano dos Anjos Figueiroa e Bernardino de Sena Reis e Almeida.

Vale a pena também conhecer o seu Museu de Arte Sacra, com peças dos séculos 18 ao 20.


2. Estação Cultura

 

O belo edifício da Estação Cultura, na região central de cidade, abrigou durante muitos anos a mais importante estação ferroviária de Campinas.

Ela era conhecida como Estação Central de Campinas, ou Estação de Campinas, e mais tarde como Estação da Fepasa. Ela foi inaugurada em 1872 e tombada como patrimônio histórico e cultural em 1982.

Ela chegou a atender viagens ferroviárias até o mês de março de 2001. Em julho de 2003 o local foi transformado em um centro cultural administrado pela prefeitura. Vale a pena conhecê-la!


3. Mercado Municipal

Considerado uma das 7 maravilhas de Campinas, o centenário edifício do Mercado Municipal de Campinas foi projetado por Ramos de Azevedo em estilo neomourisco, de influência árabe.

Inaugurado em 12 de abril de 1908, ele era usado, inicialmente, para estocar mantimentos trazidos pela antiga Ferrovia Funilense.

Comprado pela Prefeitura, o edifício foi convertido em Mercado Municipal. No ano de 1982 foi tombado como patrimônio histórico e cultural de Campinas.


4.  Jockey Club Campineiro

Ele é um dos mais belos edifícios da cidade e considerado uma das 7 maravilhas de Campinas.

Inaugurado em 1925, durante décadas ele abrigou espetáculos de gala, com grandes musicais e festas grandiosas em seus luxuosos salões. Ao mesmo tempo, seus membros faziam apostas nas corridas que eram realizadas no antigo hipódromo do Bonfim (que não existe mais).

Com o fechamento do hipódromo, o Jockey praticamente encerrou as suas ações, mas o Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas tombou o edifício e apoia a sua restauração.


5. Palácio dos Azulejos

O Palácio dos Azulejos foi a sede da Prefeitura de Campinas, entre 1908 e 1968, antes de sua mudança para o atual Palácio dos Jequitibás.

Situado na esquina das ruas Ferreira Penteado e Regente Feijó, no Centro, seu nome é uma alusão ao seu revestimento em azulejos portugueses, na fachada superior. Ele foi erguido em 1878 para ser residência de Antônio Ferreira Penteado, o barão de Itatiba.

Em 1908 seus herdeiros o venderam à Prefeitura de Campinas. Na década de 1990 ele foi convertido no Museu da Imagem e do Som, aberto à visitação pública.


6. Solar do Barão de Itapura

O imponente edifício foi, durante muitos anos, a sede do campus central da PUCC. Tombado pelo Patrimônio Histórico, o edifício está situado na rua Marechal Deodoro, 1099, no Centro.

O palacete foi inaugurado em 1883 para ser residência de Joaquim Policarpo Aranha, o Barão de Itapura, um rico cafeicultor, dono da Fazenda Chapadão. O casarão era enorme, com um total de 227 cômodos!

Em sua parte interna foi criado o “pátio dos leões”, um belo jardim fechado, que hoje está pavimentado. Mas restaram algumas palmeiras originais e os pilares com as figuras dos leões. Nos dias de hoje, a PUCC promove um trabalho de restauração do edifício.


7. Largo da Santa Cruz / Praça XV de Novembro

Talvez muitos dos frequentadores desta praça, localizada no Cambuí, não façam ideia da importância histórica que o local teve na história de Campinas.

Localizado entre as ruas Major Solon, Santa Cruz e Irmãos Bierrembach, este foi um dos três campinhos (campinas) onde a cidade nasceu. No passado, o local era um povoado onde paravam viajantes e tropeiros que seguiam viagem de São Paulo em direção a Mato Grosso e Goiás.

O povoado cresceu e se tornou um dos pontos de formação da cidade. Também há no local um marco que descreve que, no ano de 1865, o campo era ponto de parada das tropas do exército brasileiro que se dirigiam às zonas de combate na guerra do Paraguai.

Hoje a praça é um local arborizado e tranquilo, mas as placas informativas que lá estão explicam detalhes destes eventos históricos ocorridos no local.

8. Capela de Santa Cruz

Situada junto à praça XV de Novembro, no Cambuí, esta é a mais antiga capela de Campinas.

A Capela de Santa Cruz tem registros que relatam a sua existência desde antes de 1773 (a data exata da sua construção não é precisa).

Erguida em taipa de pilão, a capela foi sede da primeira paróquia da cidade até o ano de 1781.

Tombada pelo Patrimônio Histórico em 1999, a capela está bem preservada e pode ser visitada pelo público.


9. Casa de Saúde de Campinas

Este é um dos conjuntos arquitetônicos mais lindos da cidade!

Situada no Centro, a Casa de Saúde foi inaugurada no final do século 19 e preserva grande parte de seus desenhos originais.

Seu projeto é do arquiteto Samuele Malfatti, pai da pintora Anita Malfatti, e teve a participação de Ramos de Azevedo.

Financiado pela colônia italiana da cidade, inicialmente ela se prestava a atender sua comunidade local.

E até o presente a Casa de Saúde atende à população de Campinas, tendo sido pioneira em cirurgias de transplante renal no interior paulista.

10. Monumento-túmulo de Carlos Gomes

O monumento-túmulo do mais importante compositor de ópera do Brasil está situado na Praça Antônio Pompeo, em frente ao Jockey, próximo à Basílica de Nossa Senhora do Carmo e do Marco Zero da cidade.

Carlos Gomes nasceu em Campinas em 1836 e sua obra mais famosa é “O Guarani”. Seu monumento-túmulo foi feito em granito pelo escultor Rodolfo Bernadelli.

Ele inclui uma estátua em bronze em corpo inteiro do maestro e uma figura de mulher em sua base, representando a cidade de Campinas. Vale a pena conhecê-lo!


11. Casa Grande e Tulha

O conjunto da Casa Grande e Tulha, situado no Jardim Proença, tem construção que remonta à época do ciclo do açúcar em Campinas.

A Tulha foi, possivelmente, erguida entre os anos de 1790 e 1795. A Casa Grande, por sua vez, tem construção estimada no ano de 1830.

Pelo seu valor histórico, o conjunto é um dos dois únicos da cidade tombados pelo Patrimônio Histórico nas esferas municipal, estadual e federal.

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12. Escola Estadual Carlos Gomes

Situada na Avenida Anchieta, no centro de Campinas, o belo edifício da Escola Estadual Carlos Gomes situa-se ao lado da Prefeitura. Inaugurado em 1924, com a participação do então presidente do Estado de São Paulo (assim era chamado), Washington Luís, o edifício abrigava a chamada “Escola Normal de Campinas”, que formava professores para o magistério.

Seu estilo é considerado eclético, projetado pelo arquiteto César Marquisio, um seguidor de Ramos de Azevedo. Em sua construção foram usados ladrilhos importados, vitrais e obras do artista Carlo De Servi.

Em 1982 o edifício foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

13. Monumento a Bento Quirino

Ele se localiza na praça que leva o seu nome, no Centro da cidade. Bento Quirino foi uma das personalidades históricas mais famosas de Campinas!

Ele foi um importante comerciante que auxiliou muitas famílias no período da epidemia de febre amarela na cidade, em 1889 e apoiou importantes iniciativas no campo da Saúde e da Educação. Mais tarde ele fundou a Santa Casa de Misericórdia de Campinas e participou da fundação da Companhia Campineira de Águas e do colégio Culto à Ciência.

Após sua morte, parte de sua herança foi destinada à criação do Instituto Profissional Bento Quirino e à manutenção da Escola Técnica de Comércio Bento Quirino.

Sua estátua em bronze sobre um pedestal em granito é obra do escultor Amadeu Zeni. Ela foi executada no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e inaugurada em 18 de abril de 1918.

14. Monumento a Campos Sales

Campos Sales foi o único campineiro a se tornar Presidente da República. Manuel Ferraz de Campos Sales governou o país entre 1898 e 1902 e dá nome a uma das principais avenidas do centro.

Nela está o seu monumento em granito, elaborado pelo escultor Iolando Mallozi. Curiosamente, ele foi originalmente instalado, em 1934, onde hoje está o Largo do Rosário.

Com a reforma da praça e da avenida Francisco Glicério, o monumento foi reposicionado em seu atual local.